Você já parou para pensar por que muitos dos avivamentos recentes ao redor do mundo atraem tanto cristãos e tão poucos pecadores? Não é lógico esperar que os pecadores sejam atraídos à presença tangível daquele que os ama e que deu sua própria vida por eles?
Os pecadores não são atraídos a estes eventos porque nós, a
igreja, adotamos um conceito equivocado: o de que quanto mais perto estivermos
de Deus, mais longe devemos estar dos pecadores. Temos uma ideia distorcida de
avivamento que enfatiza nossa relação com Deus com prejuízo à nossa relação com
os perdidos. Não há base bíblica para este conceito.
Uma das razões por que é tão fácil sucumbirmos a esta
dicotomia é que amar a Deus e afastar-se dos pecadores parece tão piedoso. Já
perguntei a várias pessoas que têm uma paixão por avivamento e que estão orando
por isso ou até mesmo o experimentando: “O que é um avivamento?” A resposta
comum é algo mais ou menos assim: “A presença e a glória de Deus invadindo
nossas almas; louvor e adoração impregnados no ar; santidade oxigenando nossos
espíritos”. Eu pergunto: “Isso é tudo?” “A glória, a presença de Deus,
santidade, louvor e adoração não são suficientes?” eles retrucam.
Na verdade não. Se tudo o que queremos é a glória e a presença
de Deus em uma atmosfera de santidade, louvor e adoração, devemos orar por um
fulminante ataque do coração, pois assim cairemos duros e acordaremos no céu!
Imediatamente passaremos a desfrutar destas manifestações e continuaremos para
todo o sempre.
Estas majestosas e maravilhosas manifestações são
extremamente importantes e absolutamente necessárias, mas constituem apenas a
primeira onda do avivamento. Deus as envia sobre nós para nos tornar mais
semelhantes a Jesus. Mas uma vez que nos tornamos semelhantes a Jesus,
precisamos buscar aqueles que Ele veio para buscar e salvar. Consequentemente,
a expressão máxima de um avivamento deve ser a vinda de multidões de pecadores
a Jesus.
(Trecho extraído do livro de Ed Silvoso "Evangelismo de Oração" - Editora Atos)